domingo, 25 de dezembro de 2011
sábado, 24 de dezembro de 2011
Corinthians Heavy Metal \m/
Os torcedores do Corinthians não tem o que reclamar de 2011.
Apesar de estar totalmente inserido no jornalismo musical, acompanhei praticamente de perto todo o Campeonato Brasileiro deste ano. Ver a derrocada de equipes como Fluminense, Flamengo, Botafogo, Internacional e São Paulo rumo ao titulo foi algo um tanto previsível. As pífias campanhas de Palmeiras e Santos, totalmente voltado ao Mundial de Clubes, acabou no final das contas favorecendo o Timão a conquistar o Brasileirão pela quinta vez.
A verdade é que o desde as primeiras rodadas o Corinthians despontou com favorito ao título. Manteve o topo da liderança por várias rodadas e contou com constantes tropeços de adversários diretos. Um dos fatores mais importantes ocorreu fora de campo. O pulso firme do presidente Andrés Sanchez em manter Tite no comando, comprando briga com a torcida e a imprensa, resultou dentro de campo. O plantel cheio de peças de reposição fez com que a equipe agüentasse firme durante as 38 rodadas e sagrar-se merecidamente campeã.
Como futebol e heavy metal tem tudo em comum. Entramos em contato com algumas personalidades do Metal nacional, que torcem pelo time de Parque São Jorge, para comentar sobre esta conquista e declararem seu amor ao Timão.
Confira abaixo o depoimento de Paul Di’Anno, Edu Falaschi, Raphael Mattos, Amilcar Chistófaro, Thiago Bianchi e Ricardo Confessori sobre o Coringão.
“Corinthians, campeão! Nós merecemos! Nós somos os maiores e melhores do Brasil! No entanto, este titulo foi comemorado com a tristeza da morte do nosso ídolo Sócrates. Ele foi o sangue e a raça da nossa equipe. Ele era Corinthians! Descanse em paz, maestro do Timão” – Paul Di’Anno, primeiro vocalista do Iron Maiden e fanático pelo alvinegro (foto acima).
“O Corinthians apareceu em minha vida já muito cedo! A garra característica do time e a paixão de sua torcida tem muito a ver com meu estilo de vida, principalmente em relação a música. Uma das minha maiores emoções foi ver o gol do Marcelinho Carioca dando um chapéu dentro da área e fazendo um golaço no Santos em plena Vila Belmiro, até o Pelé se levantou para aplaudir. Mas minha grande alegria foi ter cantado o hino do Corinthians na fazendinha ao lado do André Santos que logo depois foi pra Seleção brasileira! Claro que também não posso deixar de falar do pentacampeonato recém conquistado! Foi emoção até o ultimo minuto! Inesquecível!” – Edu Falaschi, vocalista Almah e Angra.
“Ainda na maternidade fui devidamente vestido, pelo meu pai, com o manto sagrado alvinegro. Mas minha paixão pelo cube de Parque São Jorge aflorou em 1990. Nesse ano, assisti minha primeira Copa do Mundo e aquilo fez com que eu me interessasse ainda mais por futebol, mesmo com a ridícula campanha da nossa seleção. Mais tarde, naquele mesmo ano, o Corinthians de Neto, Ronaldo e Tupanzinho sagrou-se campeão brasileiro, começava ali minha devoção ao Corinthians e não escondo meu fanatismo de ninguém. Durante uma das turnês da Shadowside pela Espanha, ganhamos a Copa do Brasil e sai gritando pelo corredor “É campeão! É campeão!”. Acredito que os hospedes não ficaram muito felizes, mas eu tinha que vibrar. Sobre o título de 2011, foi sofrido como todos os outros, porém redentor. Conquistamos este titulo de forma irretocável ficando 27 rodadas na liderança. Na minha opinião, o momento mais memorável do campeonato foi a vitória sobre o São Paulo logo na primeira rodada, jogo que nem consegui assistir pois estava no Rio de Janeiro e lá só se falava de Flamengo que estava indo bem na época. Lembro que tinha ido jantar e logo após telefonei pra casa para saber o placar final do jogo. Meu pai então disse que tínhamos vencido de 5 a 0. A principio não acreditei, fiquei mais ou menos 15 minutos tentando tirar a verdade dele, porém só acreditei quando ele disse que o Rogério Ceni havia levado um frango de final, ai pensei comigo “é com isso ele não ia brincar”. Houve alguns momentos difíceis, principalmente quando tivemos que torcer para rivais como na rodada contra o América (MG) que tive que torcer para o Santos contra o Vasco e também a favor do Palmeiras contra os mesmos vascaínos. Os torcedores dos outros times podem ficar bravos, mas em 2011, o Corinthians foi o melhor time, o melhor conjunto. Os três setores foram coesos, equilibrados. Jogadores como o goleiro Julio César fez defesas milagrosas e superou as criticas, Paulo André que entrou para o time titular nas ultimas rodadas, a dupla de volantes Ralf e Paulinho, e Liédson que jogou no sacrifício quase que o torneio inteiro, foram os principais destaques do time. Portanto, foi merecido e que venham mais títulos em 2012” – Raphael Mattos, guitarrista da Shadowside e ex-goleiro das categorias de base do Santos FC.
“Feliz é a torcida do time que foi campeão de um dos mais emocionantes campeonatos brasileiros da história. Mas não que isso faça eu ser mais corinthiano, pois o que diz o novo slogan do Corinthians é a verdade mais que absoluta: “Corinthiano não vive de títulos, Corinthiano vive de Corinthians”. E só para não perder o costume do diferencial, slogan criado depois de um pentacampeonato brasileiro. Na minha opinião, esse título brasileiro não vem pra dizer que o Corinthians é o melhor time do Brasil, mas foi o mais competente. O mais importante também é que esse pentacampeonato veio realmente para coroar a fase fantástica que o Corinthians está passando dentro e principalmente fora das quatro linhas. Depois de uma gestão de idéias antiquadas que parecia não ter fim, entra na presidência um torcedor, para ser um divisor de águas na vida do clube. Andrés Sanches compensa a falha da lingua portuguesa em atitudes que dão resultado. Sim, dá pra perceber que ele cursou a faculdade da vida, e na minha opinião, essa é melhor do que qualquer outra. Para fazer o Corinthians ter toda essa evolução notável, Andrés começou apenas a trabalhar em pról do clube, empregando bem o dinheiro e sabendo trabalhar com a grandiosidade. Um exemplo? Trouxe Ronaldo. Outro divisor de águas na história do time. Assim como Ronaldo, o Coringão está acreditando em Adriano, demonstrando ser um dos únicos clubes grandes que acredita em jogadores que muitos já descartam do futebol. Até agora, Ronaldo já ganhou dois títulos como jogador, e Adriano foi um dos responsáveis por uma das maiores emoções que já vivenciei em um estádio, o segundo gol contra o Atlético Mineiro, no Pacaembú, na antepenúltima rodada do Brasileirão. Lembrando que ele ainda não está em sua melhor fase. Desde a eliminação da Libertadores para o Flamengo em 2010, que para mim Willian e Chicão não deveriam mais ser a zaga titular do Corinthians. Na sequência da eliminação, Willian saiu e Chicão ficou, mas esse Campeonato Brasileiro atestou o meu intuição sobre a dupla. Chicão foi pro banco, dando lugar para zaga titular campeã, Leandro Castan e Paulo André. Desnecessário também dizer sobre o meio campo com Ralph e Paulinho, garra e sucesso absoluto. Willian (maravilhado com o clube e a torcida), Emerson (tão maloca quanto o Adriano) e Liedson (experiente e liso) fizeram por merecer ser o ataque do time vitorioso do campeonato. Tite segurou todo rojão, carregando o time com tranquilidade, sabendo lidar com a mídia com sabedoria, fazendo o clube passar todo campeonato sem diz que me diz e picuinhas desnecessárias, sempre chamando a responsa pra si mesmo. Nasci em fevereiro de 1977, um dos anos mais importantes para o Timão, pois sete meses depois, 23 anos sem títulos, seria passado. O que falar de um clube que em seu nascimento, há 101 anos atrás, nasceu sob a frase “ Esse time será do povo e o povo irá reger esse time.” Como ele saberia? Como pode um time contrariar tudo e todos, vendo crescer sua torcida justo no jejum de títulos, especificamente durante 23 anos? Como? Como Sócrates, um dos maiores idolos do Corinthians e do futebol mundial, pode ter falado que gostaria de morrer em um domingo com o Corinthians sendo campeão? Como? Conhecidência? Não… Isso é pura magia. Isso é Cortinthians” –Amilcar Christófaro, baterista Torture Squad.
“Momentos marcantes de minha vida estão sempre conectados a esse time tão emocionante e único, chamado Corinthians. Lembro-me de algumas passagens bem marcantes, onde acontecimentos épicos desse time cheio de história, abrasaram diretamente minha vida e carreira. Como no fatídico dia em que fomos rebaixados no Campeonato Brasileiro e me encontrava bem em cima do palco, numa apresentação acústica do Shaman. No momento em que foi constatado o rebaixamento, estava exatamente numa pausa super “emotiva”, daquelas que precedem a nota final de canção, onde todos aguardam por minha última palavra. Justamente naquele momento, dado ao fato de que alguém se encontrava com um radinho de pilha aos ouvidos, acontecia a queda para segunda divisão do brasileiro. Eu, de olhos fechados, aguardando a já de praxe aclamação emotiva do público naquele momento da música, fui surpreendido por um grito seco vindo do meio do povo… “CAIU!!!!”. O que se seguiu foi um misto histérico de gritos de felicidade e tristeza, com palavrões, urros de dor, risadas e frases de sarro, mescladas as de apoio por parte dos fãs. Imediatamente abri os olhos, por um momento imaginando se eles não tinham gostado de minha interpretação da música ou algo assim, mas logo o fato consumado me atingiria como um raio e fatalmente entenderia o que havia acontecido. Foi um dos piores “fim de canção” que já cantei em minha vida. (risos). Já nesse Brasileiro tudo seria diferente. Estava ensaiando com minha nova banda Arena durante o jogo e ficava com o microfone sem fio na recepção do estúdio, assistindo o jogo e cantando, ouvindo a banda através do vazamento das paredes do estúdio. A banda sabia do que se passava no jogo, pois minhas reações se misturavam intensamente a interpretação das músicas! Inclusive o gol do Flamengo que foi histericamente gritado no meio da canção mais “balada” que fazíamos, deixando a todos em êxtase imediatamente! Naquele momento sabíamos que o ensaio havia acabado e que era hora de sair e comemorar! (risos) Esse é o Corinthians em minha vida! Intenso, emocionante e profundo.” – Thiago Bianchi, vocalista Shaman e Arena.
“O Campeonato foi um prova de superação principalmente do Tite, que deu a volta por cima, após uma breve crise e deixando o time perder liderança. Liedson, Wallace e Julio Cesar foram os melhores para mim, mas o time todo foi incrível. Vi o meu time campeão pela primeira vez em 77, contra a Ponte. Palhinha, Wladimir, Basílio, Carlos, entre outros me deram a primeira alegria, depois de muita espera….Torcer pro Corinthians precisa ter coração forte, precisa nascer corintiano” – Ricardo Confessori, baterista Angra e Shaman.
créditos das fotos:
Montagem: Gustavo Pavan
Paul Di’Anno: Marcos Odair
Edu Falaschi: arquivo pessoal
Raphael Mattos: Irisbel Mello
Thiago Bianchi: arquivo pessoal
Amilcar Christófaro: arquivo pessoal
Montagem: Gustavo Pavan
Paul Di’Anno: Marcos Odair
Edu Falaschi: arquivo pessoal
Raphael Mattos: Irisbel Mello
Thiago Bianchi: arquivo pessoal
Amilcar Christófaro: arquivo pessoal
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Axl Rose em dúvida sobre participação no Hall da Fama do Rock'n'Roll
De acordo com o site NME, o cantor declarou que tem emoções mistas sobre o que o Hall da Fama do Rock realmente significa. "Sei que os fãs se importam muito e não quero tirar isso deles, mas também há um monte de empresários que querem marcar shows e apenas ganhar sua comissão em cima de nós".
Axl ainda disse que, se a banda estivesse para se reunir novamente, ela não teria o ex-baterista Steven Adler e o guitarrista Izzy Stradlin. Surpreendentemente, o cantor disse que consideraria juntar forças novamente com Slash, apesar de suas diferenças, e com o baixista Duff McKagan, que recentemente apoiou a banda em turnê.
"Mas não é nada contra a Izzy e nada contra Steven, ou qualquer coisa assim". Ele também explicou que o rompimento da formação original teve início devido a uma luta pelo poder. "Slash e eu temos problemas desde que nos conhecemos. Entramos em guerra já no primeiro dia".
Fonte: Terra
Tributo a Ozzy Osbourne terá grandes nomes do Rock e Metal
No próximo ano, Ozzy Osbourne será homenageado por um time seleto de astros do rock/metal. Está previsto para o dia 8 de maio o lançamento do álbum-tributo 'No More Tears: A Millennium Tribute to Ozzy Osbourne', via Versailles Records.
A gravadora ainda não divulgou a lista de faixas, mas adiantou que haverá canções da carreira solo do cantor e do Black Sabbath. Das figuras que marcaram presença nas gravações, destacam-se Vince Neil (Mötley Crüe), George Lynch (Dokken, Lynch Mob), Eric Singer (Kiss), Mark Slaughter (Slaughter), Keri Kelli (Alice Cooper, Ratt), Chris Poland (Megadeth) e Stu Hamm (Joe Satriani, Steve Vai).
Fonte: GuitarPlayer
Estudo acadêmico desmistifica morte de músicos aos 27 anos
Músicos como Amy Winehouse, Jim Morrison, Jimi Hendrix, Kurt Cobain e Janis Joplin morreram aos 27 anos, uma coincidência que agora um estudo estatístico se encarrega de pôr em perspectiva, ao qualificar de "mito" que essa idade seja uma "maldição".
Enquanto a fama pode aumentar o risco de morte dos músicos em plena juventude, provavelmente devido a uma vida de excessos, esse risco não se limita aos 27 anos, afirmam os autores do estudo, publicado nesta terça-feira na edição natalina do "British Medical Journal".
Os pesquisadores, liderados por Adrian Barnett, da Universidade de Tecnologia de Queensland, na Austrália, advertem que os músicos famosos têm probabilidade duas ou três vezes maior de falecerem prematuramente entre 20 e 30 anos que a população geral do Reino Unido.
Desde meados do século passado, mais de 40 intérpretes passaram a engrossar o chamado "Clube dos 27", integrados por jovens estrelas mortas com essa idade considerada "maldita". Entre eles, além dos já citados estão Brian Jones, co-fundador dos Rolling Stones, que se afogou em 1969, e a cantora espanhola Cecilia, morta em um acidente de trânsito em 1976.
Alguns deles morreram em acidentes, outros se suicidaram e muitos sofreram uma overdose de drogas ou álcool. A equipe de Barnett pôs a toda prova a tese do "Clube dos 27" ao estudar o índice de mortalidade entre 1.046 músicos que colocaram pelo menos um álbum no topo das paradas britânicas entre 1956 e 2007.
Durante esse período faleceram 71 deles (7%), incluindo cantores melódicos, estrelas do Heavy Metal, roqueiros e até atores dos Muppets. Os autores fizeram uma análise matemática para calcular a incidência dos 27 anos nos falecimentos, e determinaram que o risco de morte não alcança um pico a essa idade, embora entre 20 e 30 anos seja maior que entre a população geral.
Também comprovaram que houve muitas mortes entre músicos que tinham entre 20 e 40 anos na década de 1970 e no início dos anos 80. Surpreendentemente, não ocorreram falecimentos nesse grupo de idade no final dos anos 80, algo que pode se dever à melhora nos tratamentos para overdose de heroína ou à mudança de estilo musical, que passou do hard rock de 1970 ao pop de 1980.
Por tudo isso, o estudo conclui que o "Clube dos 27" é apenas um mito, mas alerta sobre o maior risco de morte entre 20 e 30 anos.
Fonte: IG/ÚltimoSegundo
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
'Bebia quase 5 litros de vodca por dia', diz ex-Guns N' Roses
Em entrevista à BBC, baixista Duff McKagan narra sua batalha contra alcoolismo e como chegou a pedir a um cirurgião que o matasse.
Há 17 anos, aos 30 anos de idade, o ex-baixista do Guns N' Roses Duff McKagan foi parar no hospital com uma crise de pancreatite aguda induzida pelo consumo excessivo de álcool.
Seu pâncreas, do tamanho de uma bola de rúgbi, estava tão inchado que se rompeu, liberando enzimas da digestão em seu corpo e provocando queimaduras de terceiro grau.
Naquele momento, McKagan entendeu que teria de escolher entre um estilo de vida regado a álcool e drogas e a vida.
'Me vi cada vez mais próximo da insanidade à medida que piorava a minha ingestão de bebidas e drogas', disse McKagan à BBC.
'Felizmente para mim, meu pâncreas não aguentou, caso contrário eu teria me afogado em vômito'.
A dor era tão insuportável, disse McKagan, que ele chegou a implorar ao cirurgião que o matasse.
'Quando me deram morfina e a dor não foi embora, compreendi que a situação era muito séria'.
'Eles fizeram um ultrassom, meu pâncreas estava imenso. O cirurgião disse que eles teriam de cortar um pedaço do meu pâncreas e foi nesse momento que eu disse: 'Me matem''.
'Fiquei no hospital duas semanas e isso me deu tempo para realmente pensar em como tinha chegado àquele ponto'.
'Bom filho'
Além dos médicos lhe dizendo que ele morreria se não parasse de beber, a ideia de ficar bem para agradar a mãe foi o incentivo final para que McKagan finalmente ficasse sóbrio.
Além dos médicos lhe dizendo que ele morreria se não parasse de beber, a ideia de ficar bem para agradar a mãe foi o incentivo final para que McKagan finalmente ficasse sóbrio.
'Sou o último de oito filhos, minha mãe veio ao hospital. Ela tinha (Mal de) Parkinson e seu filho mais jovem estava em um hospital com tubos entrando e saindo dele. Eu estava à beira da morte e sabia que a ordem das coisas estava absolutamente errada'.
'Pensei, vou ficar bom, nem que seja pela minha mãe'.
'Vou tentar ser um bom filho. Assim começou minha recuperação'.
Em 1986, os integrantes dos Guns N' Roses viviam em um apartamento alugado de um quarto, sem dinheiro. Um ano depois, seu álbum de estreia estourou nas paradas e a vida do grupo se transformou.
McKagan disse que não existia um manual para ensinar a ele e aos parceiros como lidar com essa mudança repentina de estilo de vida.
Ele começou a beber porque achava que isso ajudaria a evitar os ataques de pânico que ele sofria desde a adolescência.
McKagan disse que, no pico do seu consumo, bebia 'um galão (4,5 litros) de vodca por dia'. Depois, passou a beber dez garrafas de vinho por dia 'quando estava tentando dar uma diminuída'.
Ele não culpa o rock pelo vício, mas disse que por causa do imenso sucesso da banda, não havia 'tempo para que lidasse com a minha síndrome do pânico, que na verdade estava na raiz do meu consumo e automedicação'.
Sede de Água
Após seu pâncreas ter voltado ao tamanho normal e ele ter recebido alta do hospital, McKagan não foi para uma clínica. Começou a praticar ciclismo de montanha.
Após seu pâncreas ter voltado ao tamanho normal e ele ter recebido alta do hospital, McKagan não foi para uma clínica. Começou a praticar ciclismo de montanha.
'Nos primeiros meses eu ainda tinha as tremedeiras e não conhecia ninguém sóbrio, então andava de bicicleta', contou. 'No começo parecia autoflagelação, estava punindo a mim mesmo por ter decepcionado minha mãe e alguns dos meus amigos'.
'Mas também comecei a me sentir inteiro, eu estava bebendo água pela primeira vez, eu literalmente não bebia água há dez anos. Comecei a comer comida saudável e a ler livros'.
O músico também começou a encontrar extratos bancários do tempo dos Guns N' Roses no seu porão, coisas que ele não entendia mas tinha vergonha de perguntar.
Isso foi mais um incentivo para que ele mudasse. McKagan decidiu que queria aprender sobre finanças.
'Eu tinha 30 anos, estava sóbrio e milionário, não sabia o que era uma ação ou um bônus e não confiava em ninguém na minha indústria. Então fui fazer aulas em um colégio comunitário'.
Interessado na vida acadêmica, o músico se matriculou na Seattle University. Um grande passo para alguém que não tinha completado o ensino médio.
Hoje ele escreve uma coluna regular na revista Playboy chamada Duffonomics, fundou sua própria empresa de administração de bens e ajuda músicos com suas finanças.
Entretanto, ele também diz que os Guns N' Roses não poderiam ter feito a música que fizeram sem o estilo de vida que os acompanhava. 'Tivemos que ir aos extremos para criar aquelas canções. Nosso primeiro disco era todo sobre a vida que estávamos levando'.
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